
Capítulo Três
Ricardo foi para escola, destinado em fazer novos amigos, foi ao encontro dos outros meninos e assim que se juntou a eles, já foram falando.
— Lá vem o viadinho todo, todo. Ricardo ignorou e tentou se entrosar com os outros meninos, e para desespero de Ricardo quem foi falar com ele é Júnior, o “chefão” da escola. Ricardo fica apreensivo, mais não desiste e Júnior se aproxima dele e pergunta:
— O que este menino quer aqui? Com voz de plena autoridade, quase de ameaça.
Ricardo com a fala tremula, logo respondeu.
— Vim aqui porque quero ser seu amigo? Ricardo falou com voz calma e meio medrosa. Júnior notou que Ricardo estava meio nervoso, apreensivo pela resposta e disse que iria pensar no caso de Ricardo. Ricardo então partiu para outro grupo que estava encostado em frente ao refeitório e lhes fez a mesma pergunta, desta vez Ricardo teve a resposta clara e no ato.
— Podemos ser amigos?
Antônio um dos meninos que debocharam dele no dia anterior responde.
— Claro que não! Não se envolvemos com viadinhos! Disse como quem queria ofendê-lo quase o expulsando de lá.
Ricardo seguiu a diante e em alguns dias já tinha conquistado diversos amigos na escola, amigos não, Ricardo estava absolutamente ciente de que estes amigos eram em parte de seu plano. Seu plano era enganar de uma vez por todas, aqueles que o debocharam durante vários meses inclusive anos.
Na saída da escola.
— Ricardo, meu filho! É Roberto pai de Ricardo que o chama.
— Olá papai! Responde o menino educadamente, morrendo de medo que alguém faça alguma brincadeirinha de mau gosto enquanto conversa com seu pai. Ricardo e Sofia estavam conseguindo esconder de Roberto o que estava acontecendo com o garoto durante alguns dias e temiam que o pai desconfiasse do que estava acontecendo com Ricardo.
— Já vai pra casa filho? Perguntou Roberto, preocupado com o filho, pois já era tarde.
— Já vou sim papai, estava apenas aguardando as meninas me entregarem o trabalho e eu já ia indo embora. Nesta hora Júnior se aproxima e ele já se apavora.
O que será que Júnior quer comigo e ainda mais agora quando estou com meu pai. Pensa ele.
Júnior cumprimenta Roberto e vai logo ao ponto, dizendo:
— Aceito sim, ser seu amigo Ricardo.
Ricardo muito feliz que consegui um “grande amigo”, vai logo dizendo.
— Que bom que aceitou achei que você fosse como os outros garotos. Falou Ricardo dando risadas de alegria.
No momento Roberto vê a animação do filho e já pergunta.
— Meu filho que alegria toda é essa?
— Ah, pai apenas estou feliz porque arranjei mais um novo amigo.
Aproveitando da oportunidade Roberto convida Júnior para ir jantar em sua casa.
— Então Júnior quer ir jantar lá em casa hoje? Ele meio sem graça diz.
— Claro seu Roberto, isso até é bom para que eu conheça mais sobre Ricardo.
— Isso meu jovem. Disse Roberto. Ricardo apenas escutava a conversa entre os dois e disse.
— Me deixa ir embora que já esta tarde, tchau pai, tchau Júnior. Cumprimentou Ricardo.
Júnior também precisava ir embora e tratou de aproveitar que Ricardo ia sair e foi embora com ele, já que eles eram vizinhos mais não se falavam porque Ricardo sofria de suas brincadeirinhas e Júnior claro não poderia se envolver com esse tipo de gente, mas agora ele estava diferente.
— Tchau, seu Roberto. Quase gritou Júnior que estava louco para ir embora.
Roberto respondeu harmoniosamente.
— Tchau Júnior, e te espero mais tarde lá em casa.
E saíram os dois pra casa e Roberto voltou para o serviço.
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