quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Mentiras dos Homens


Sebo


O homem disse o próprio nome e ficou me olhando atentamente. Como alguém que tivesse atirado uma moeda num poço e esperasse o "plim" no fundo.

Repeti o nome algumas vezes e finalmente me lembrei. Plim. Mas claro.

- Comprei um livro seu não faz muito.

Ele sorriu, mas apenas com a boca. Perguntou se podia entrar. Pedi para ele esperar até que eu desengatasse as sete trancas da porta.

- Você compreende - expliquei -, com essa onda de assassinatos...

Ele compreendia. Estranhos assassinatos. Todas as vítimas eram intelectuais. Ou pelo menos tinham livros em casa. Dezesseis vítimas até então. Se soubesse que seria a décima sétima eu não teria me apressado tanto com as correntes.

- Você leu meu livro? - ele perguntou.

- Li!

Essa terrível necessidade de não magoar os outros. Principalmente os autores novos.

- Não leu - disse ele.

- Li. Li!

Essa obscena compulsão de ser amado.

- Leu todo?

- Todo.

Ele ainda me olhava, desconfiado. Elaborei:

- Aliás, peguei e não larguei mais até chegar ao fim.

Ele ficou em silêncio. Elaborei mais:

- Depois li de novo.

Ele nada. Exclamei:

- Uma beleza!

- Onde é que ele está?

Meu Deus, ele queria a prova. Fiz um gesto vago na direção da estante. Felizmente, nunca botei um livro fora na minha vida. Ainda tenho – ainda tinha - o meu Livro do bebê. Com a impressão do meu pé recém-nascido, pobre de mim. Venero livros. Tenho pilhas e pilhas de livros. Gosto do cheiro de livros novos e antigos. Passo dias dentro de livrarias. Gosto de manusear livros, de sentir a textura do papel com os dedos, de sentir seu volume na mão. Me ocupo tanto com livros e quase não me sobra tempo para a leitura.

Ele encontrou seu livro. Nós dois suspiramos, aliviados. Como é fácil fazer a alegria dos outros, pensei. Com uma pequena mentira eu talvez tivesse dado o empurrão definitivo numa vocação literária que, de outra forma, se frustraria. Num transbordamento de caridade, declarei:

- Que livro! Puxa!

Mas ele não me ouviu. Apertava o livro entre as mãos. Disse:

- O último. Finalmente.

- O quê?

Ele começou a avançar na minha direção. Contou que a tiragem do livro tinha sido pequena. Quinhentos exemplares. Sua mãe comprara 30 e morrera antes de distribuir aos parentes. Ele tinha ficado com 453. Dezessete cópias tinham acabado num sebo que, através dos anos, vendera todos. Ele seguira a pista de 16 dos 17 compradores e os estrangulara. Faltava o décimo sétimo.

- Por quê? - gritei. E acrescentei, anacronicamente: - Homem de Deus?

No livro tinha um cacófato horrível. Ele não podia suportar a idéia de descobrirem seu cacófato.

- Eu não notei! Eu não notei! - protestei.

Não adiantou. Ninguém que tivesse lido o livro podia continuar vivo. Ele queria deixar o mundo tão inédito quanto nascera.

- Mas essas coisas não têm import... - comecei a dizer.

Mas ele me pegou e me estrangulou.

Bem feito! Para eu aprender a não ser bem-educado. Meu consolo é que depois ele descobriria que as páginas do livro não tinham sido abertas e o remorso envenenaria suas noites.

Enfim. É o que dá freqüentar sebos.

TEXTO de LUIS FERNANDO VERÍSSIMO


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Não PERCA dia 14/07 o texto "4 AMIGOS". Postarei os perfis dos 10 primeiros personagens.



quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O SEGREDO. Texto interessante.

Segue abaixo um texto que eu escrevi a muito tempo atrás com o auxilio das minha amigas Bruna e Thais. O texto foi o meu primeiro, foi ai que eu descobri o quanto gostava de criar histórias. Lembrando o texto foi feito em linguagem de MSN.


O Segredo

Wesley: essa conversa tah meio sem assunto eu vo

turbinar isso aki

Wesley: olha a historia

Thais: vixx

Thais: vix*

Wesley: Um dia um garoto ( esses qualquer)

Wesley: tava na rua

Wesley: sozinho pra variar

Wesley: dai apareceu uns amigos dele

Wesley: e depois eles começaram a conversar sobre

Thais: ;/

Wesley: ( olha a curiosidade)

Wesley: o que vcs acham que eles conversaram

Wesley: ????

Bruna: mulher

Thais: pra variar

Thais: iH

Wesley: continuando....

Wesley: eles estavam falando de mulher quando um

pergunto

Wesley: - Ei se é loko?

Wesley: - que isso seu demente! me chamando de loko

assim sei nenhuma razão

Wesley: - É eu seu doente me traiu com a fulana lá

neh?

Wesley: oxe te trai como?

Wesley: oras vc Foi la e fico com a minha namorada

Wesley: é verdade eu tava só

Bruna: suhasuhua

Wesley: Quem quiser que termine .....

Wesley: pode terminar

Wesley: eu só .....

Thais: eu tava soh...

Thais: naum tiinha nenhum truta lah...

Thais: sOh tava eu e ela ...

Wesley: dai agente acho melhor curtir o momento

Wesley: e ai rolo

Wesley: - mas foi só um .... amasso nada mais

Wesley: - tah beleza eu to ficando com sua mãe a um

mês e nem por isso vc se encomodou rsrsrs

Wesley: - seu cafageste

Wesley: - minha mãe não

Bruna: iH

Wesley: " eles brigaram até a morte "

Wesley: fim

Wesley: olha o que a traição faz kkk

Thais: mais antes o garOtO fala

Thais: - antes ah sua mãe do o q seu pai

Wesley: essa foi boa

Bruna: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Wesley: o outro garoto que tava do lado grita logo

Wesley: - seu pai é mal gostoso eu ja fiquei com ele

uma vez

Wesley: - kkk seu sem futuro

Thais: e o um aparece e fala

Thais: - Q gay

Thais: - seu Gay

Thais: iH

Bruna: kkkkkkkkkkkkkkkkk

Wesley: - gente que preconceito que um beijo meu

querido

Wesley: - eita porra que revelação

Wesley: kkk

Wesley: depois agente ve por que REVELAÇÃO só dia 8

no sbt

Bruna: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Thais: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Wesley: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Thais: - Ai um deles pergunta: Foi bOm?

Wesley: oh se foi

Wesley: eu gostei e quero mais com vc

Thais: - DemOrO

Bruna : =o

Thais: kkkkkkkkkkkk³

Wesley: dai eles acabaram se casando e adotaram um

filho

WSM - Wesley: kkk

Bruna: uahsuhauhs

Bruna: ~ fim (:

Wesley: o amor venceu o preconceito e eles viveram

felizes para sempre

Wesley: e o pai dele morreu de inveja

Wesley: rsrsrsrsrsrsrsrsrs

Thais: kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Bruna': kkkkkkkkkkkk

Thais: O pai dele fiicO com outrO amigO do fiilhO

Thais: Fim

Wesley: AUTORES :

WSM - Wesley: WESLEY - WSM

Bruna': asuhauhs

Thais: Thais... CampOs...

Bruna: eeeeeee eu sou a platéia

Bruna: qe só dá risada

Bruna: vcs viram

Bruna: era minha única fala: auhsuhaushauhsuha

Wesley: rsrsrsrsrsrs

Wesley: rsrsrsrsrsrs

Wesley: é verdade mais vc falo um pedaço o da mulher

Thais: kkkkkkkkkkkkk

Wesley: vc também conta

Thais: FIM...

Thais: iH

Bruna: é verdade.


Feito em 8 de Dezembro de 2008. Lembranças que guardo para sempre. SENSACIONAL.






Em breve...

Em breve uma história detalhista, da vida de 4 estudantes da ESCOLA LIMITES da MENTE.

Contarei a história de BRUNA, LEILA, THAIS e WESLEY. Quatro Amigos. Um assassinato.

EM BREVE... Aqui no Blog.

8ª e última parte. Eu Não Pedi Para Nascer

Capitulos FINAIS de uma história que te comoveu do Início ao FIM.

Capítulo Vinte

Patrick sentia novamente como era ser uma criança sofredora, e durante todo o tempo Patrick teve está impressão, a de que seus pais de repente mudariam e se voltariam contra ele.

Naquele mesmo dia o menino tentou fugir mais seu pai não era como sua mãe, era mais forte e conseguia segurá-lo.

— Aonde você vai menino? Teodoro falava.

— Vou embora, não nasci para apanhar. Vou para a casa da minha avó.

— Não. — Falou Teodoro tirando a cinta — Você vai ficar aqui.

— Não vou. Retrucava o menino, enquanto subia na mesa.

No teto da casa de Patrick tinha escondido uma clock. Teodoro tinha-a guardada para uma emergência, ele vivia neste mundo do tráfico e tinha que se proteger a forma que ele tinha era uma arma.

Patrick conseguiu alcançar a arma e antes que seu pai chegasse até ele ameaçou atirar contra o pai. Sua mãe que duvidava que o filho fosse capaz. Aproximou-se mais do menino.

— Mãe se afaste. — Ele insistia para ela.

— Moleque você não tem coragem.

Patrick sentia nas palavras dela o mesmo sentimento que havia sentido, antes de ele fugir para a casa de sua tia. Ele percebeu que sua mãe não o amava nem ao menos gostava dele, e que ela era uma louca.

— Mãe se afaste — dizia ele — vamos se afaste.

— Menino larga isso.

Em um memento de solene desconsolo, Patrick faz uma besteira.

— Mãe, se você me tocar eu te mato! Ele berrava.

Sueli já estava com medo, o olho do menino estava direcionado na reação dos dois.

Capítulo Vinte e Um

E em suas últimas palavras, Patrick falou ainda em lágrimas:

— “O seu papel devia ser cuidar de mim, não me espancar torturar me bater. Eu não pedi para nascer, você me pós no mundo por que quis — retomando o fôlego ele completa — devia te matar mais não sou igual a você, ao invés de me sujar com seu sangue eu prefiro morrer.”

Patrick atira em si próprio e cai no chão.

Sueli e Teodoro, não acreditando ao vê o filho estirado no chão, e acordam do traze que estavam por conta das drogas que consumiram. Sueli sentiu a dor da perda de um filho e tomou a arma da mão do filho e se matou junto a ele. Teodoro vendo a cena estava sentindo culpado pela morte dos dois e também se matou.

Passadas algumas horas Denise desce até o barraco da irmã. Bate... Bate na porta e ninguém atende. Ela então vê que a porta está aberta e entra. Lá dentro se surpreende com o que vê. Sueli com Patrick nos braços, e Teodoro caído com uma arma na mão. Denise rapidamente chamou a policia que contatou que cada um matou se, sendo um suicídio múltiplo.

Em um velório, todos se reuniram e rezaram para que a alma daquela jovem criança fosse acolhida por Deus e que seus pais fossem perdoados.

Sueli e Teodoro poderiam ter seguido outro caminho, poderiam ter trabalhado, mas Teodoro escolheu o caminho do tráfico e aconteceu o que aconteceu.

Pense bem antes te pensar em ter um filho, porque ouvir dele dizer:

— Mãe, EU NÃO PEDI PARA NASCER. Pode ser fatal.

Fim...

Eu Não Pedi Para Nascer

Baseada no rap Facção Central

Wesley Santana Matos