Capítulo Um
Naquela manhã quente de um verão, Ricardo já pensava em sua volta as aulas. Ele sempre gostou de estudar tanto que suas notas e trabalhos sempre serviram de exemplo para os demais alunos. Às vezes Ricardo se surpreendia com seus rendimentos, mas desta vez seria diferente. Ele sempre sofreu muito dentro da escola e estava disposto a mudar isso. Quando foi segunda feira, entrando em sua escola, começa o fim do mundo. Vários garotos, colegas de turma passam e apontam para ele. Em seguida param e cochicham algo no ouvido uns dos outros, soltando risadas sarcásticas.
— Olha lá a bichona! Gritou um deles, olhando diretamente para Ricardo e rindo feito um monstro, como se estivesse achando graça.
Ricardo entrou desesperado na escola a fim de se livrar dos insultos que recebeu já na entrada. E para o desconsolo de Ricardo na escola havia outros garotos que ao o verem já foram soltando seus risos e fazendo seus comentários sobre ele. Ricardo não via à hora de chegar a sua casa, lá era com certeza o único lugar onde ainda tinha paz e sossego; em casa Ricardo tinha certeza de que lá seria 100% livre destes desaforos. Ele superou bem as brincadeirinhas de seus colegas de escola, sempre se controlando para não falar nada. Ricardo passou a ser o idiota da turma, sempre deixava que falassem dele sem que fizesse nada.
Na saída, aconteceu algo inesperado: alguns meninos, uns cinco, o esperavam em frente à escola, olhavam para ele como se para confrontá-lo. Ricardo os ignorou, achou melhor se apressar, numa situação como a de Ricardo é melhor correr para evitar o pior.
Naquele momento ele tinha certeza de que aqueles meninos queriam algo com ele, eles o olhavam como que se quisessem perguntar algo a ele. Ricardo achou melhor se apressar pegou seus livros com firmeza e acelerou o passo. Neste momento um dos garotos grita:
— Lá vai à bichona!
— Pega, pega o veadinho!
— Ai, ai, boneca... E todos começaram a dar risadas de Ricardo.
Ricardo saiu correndo desesperado, nem percebeu, e já estava na rua de casa. Somente quando, se encostou ao portão é que, se deu conta de que já havia chegado a sua casa. Apoiado sobre o portão e lutando para não chorar, pensou. Porque não o me deixam em paz? Porque me acusam de algo que eu não sou?
— O que aconteceu? Era a voz de Sofia que também tinha acabado de chegar da escola.
— O que houve? Você está pálido pergunta ela.
Wesley Santana Matos - WSM Inc. 2009