
Capítulo Dois
Sofia era irmã de Ricardo, a única que parecia realmente se importar com ele. Três anos mais velha, estava no final do ensino médio e em breve sairia de férias, ela era muito bela. Ricardo quando a viu correu para Sofia a abraçou e desabou em lágrimas. Sofia já sabia alguém a de ter feito algo com seu irmão, se não os garotos da escola, os vizinhos da rua, mas Sofia sempre consolava o irmão e até o defendia quando necessário, ela realmente gostava do irmão.
— O que lhe fizeram? Perguntou ela, com voz esperançosa e afim de que ele a respondesse.
— Foram os garotos de novo? Debocharam de você? Pode falar ela falava tentando acalmá-lo.
— Ah, Sofia, não sei mais o que fazer, por que implicam assim comigo. Não sou isso que dizem que sou!
— Sei que não, e além do mais você não devia se importar.
— Mas eu me importo. Sabe o que pode acontecer comigo se papai descobre.
— Ele não vai fazer nada. Você não precisa contar.
— Mas ele tem um jeito de descobrir as coisas, e ele vai acabar descobrindo...
E era verdade. O pai de Ricardo era inspetor da escola onde ele estudava, trabalhava muitas vezes vários turnos para poder sustentar a família. Honesto e correto por ser bastante rígido com as regras tinham muito prestigio com o diretor. Não havia nada que acontecesse na escola que ele não descobrisse ou resolvesse.
— Será que alguém viu e vai contar pra ele? Perguntou Sofia.
— Não sei... Resmungou Ricardo preocupado, já imaginando o que o pai lhe faria.
— Mas o que fizeram com você desta vez! Bateram em você? O que falaram? Pode me contar, sussurrou Sofia no ouvido do irmão tentando consolá-lo.
— Eu estava voltando pra casa quando, passaram uns meninos, começaram a me chamar de bicha, de viado... Só porque ainda não tenho namorada...
Ricardo estava nervoso agarrou-se em Sofia, que o acariciou e beijou seus cabelos.
— Vamos entrar em casa se papai falar alguma coisa, eu digo que a culpa não é sua. O que você pode fazer se os meninos implicam com você? Ele vai ter que entender.
Já em casa, Ricardo ficou pensando no que fazer para que os meninos parem de fazer as diversas brincadeirinhas com ele. Pensou e pensou, chegou a uma conclusão:
— Vou enganá-los, É eu vou fazer com que eles sejam os motivos de riso e não eu. Então Ricardo se acalma e fica pensando no dia seguinte.
Ricardo pensou em algo que fizesse com que eles se tornassem seus amigos, Ricardo já tinha tudo pronto em sua mente. E na semana seguinte colocaria em pratica seu plano.
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