domingo, 7 de março de 2010

E quando amanhecer



Capítulo IV
Uma semana atrás...

— Olha mãe, na TV estão comentando o assalto seguido de assassinato que teve aqui no bairro. Segundo eles informam, quem morreu foi o pai do Fernando. Comenta Kelly.
— Nossa minha filha, — falou assustada — então devemos tomar muito cuidado, principalmente você que anda meio desatenta. Falou Helena à filha, na esperança que agora a menina tomasse jeito.
Assim que Kelly levantou da cadeira, o telefone tocou. Era sua prima Cristina que estava avisando.
— Prima. Estou chegando!
Kelly estava ansiosa afinal as duas eram grandes amigas, apesar de a ligação ter sido curta devido ser interurbano, ela conseguiu saber o dia que a Cristina chegaria, na próxima quinta, era domingo.
— Mãe! — Chamou — Adivinha quem vem nos visitar?
— Quem minha filha? Não me diga que é mais um de nossos parentes?!
— Sim mãe, é a Cristina ela vira nos visitar, ela chega domingo.
— Ah melhor minha querida, Cristina é uma jovem adorável, além do mais faz muito tempo que eu não vejo sua tia e Cristina deve nos trazer noticias. Comentou Helena.
Helena já tinha terminado de fazer o almoço e Kelly, assim que terminará de almoçar foi até a rua, por lá encontra Fernando cabisbaixo e meio tristonho, ela boa moça tenta animá-lo.
— Tudo em Fernando? Começa ela.
— É Kelly, estou bem sim. Fala ele com a voz quase que desaparecendo no ar.
— Que isso meu amigo porque de tanta tristeza, sei que é um momento triste que você passa, mas afinal de contas a sua vida deve continuar você não pode ficar por ai vegetando, se levante. Ela fez um gesto para que ele levantasse, sem sucesso, ele continuou sentado de cabeça baixa.
— Não adianta Kelly, minha vida acabou. Meu pai era muito importante para mim, fazia-nos tudo junto, jogávamos futebol, andávamos de carro, até íamos para a balada juntos.
— Sinto muito ele ter ido, só que você deve entender que existem coisas na vida que simplesmente devemos aceitar, não há o que fazer.
Fernando não estava mais ouvindo o que Kelly lhe dizia, estava muito traumatizado, ele e o pai eram muito ligados, e ainda mais que segundo os policiais Antonio teria sido assassinado, o difícil e o que Fernando queria descobrir era quem tinha matado seu pai, por isso de tanto remorso. Assim que Fernando chegou a casa viu sua mãe arrumando as malas iria embora, Fernando não entendeu, mas parecia que ele tinha alguma culpa, não entendia o que estava acontecendo. Dali a poucas horas sua mãe já tinha ido embora e Fernando ficado sozinho em casa. De repente, Fernando pensa em liga para Marcio, um amigo de infância que morava ali na vizinhança.
— Cara, vem aqui preciso conversar com alguém. Fernando realmente estava muito abalado e nem Kelly, que é sua paixão de infância o fez feliz, agora que até sua mãe o abandonou, esta se sentindo um cão abandonado.
— Estou chegando! Marcio percebeu na voz do amigo que ele realmente estava mau e em poucos minutos ele já estava junto do amigo, Fernando precisava mesmo de um ombro amigo.
Mesmo tendo chegado com menos de cinco minutos na casa de Fernando, Fernando pareceu ter conseguido destruir tudo o pouco que sua mãe havia deixado na casa, quadros, rasgado livros, a casa estava virada de ponta cabeça, com a porta arrombada, Marcio entrou e encontrou Fernando ao lado do telefone que também estava destruído, quando Marcio se aproximou de Fernando, esse começou a chorar, Marcio abraçou o amigo, na porta quem via a cena era Kelly que foi ver o que estava havendo, tinha escutado muitos barulhos vindos de lá de dentro e agora entendia tudo.


------ Aguarde o Quinto Capítulo ------

E se lembrem aqui fala um sonhador de histórias.
Wesley Santana Matos

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